Doença Crônica Epidemia Mundial
No final da Idade Média, a Europa vivenciou o surto da doença mais mortal da História. A peste negra, uma pandemia de peste bubônica, foi rápida e implacável – uma vez infectadas, as vítimas morriam em aproximadamente 10 dias.
De 1346 a 1353, a peste negra matou cerca de um terço da população humana. Historiadores descreveram esse período como a "maior catástrofe de todos os tempos", e a raça humana fez grandes esforços para garantir que algo semelhante nunca mais acontecesse.
Atualmente estamos vivendo algo semelhante, perdas não tão velozes como as da peste negra, mas algo tão avassalador quanto. Estamos em meio a uma praga global que ameaça a espécie humana.
A doença crônica tem sido aceita como parte do processo de envelhecimento, mas não é, e embora os efeitos das doenças crônicas não sejam tão rápidos quanto os da peste negra, eles não são menos implacáveis.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou o relatório de 2018 sobre doenças crônicas não transmissíveis e os dados são realmente preocupantes.
Em 2018, 41 milhões de pessoas morreram devido a alguma doença crônica, o que representa 70% de todas as mortes no mundo. Dessas mortes, 15 milhões foram pessoas entre 30 e 70 anos. Esses dados são alarmantes, pois essas doenças silenciosas se desenvolvem com anos e anos de uma baixa qualidade de vida.
E caso você ainda não tenha se assustado com esses dados, o nosso país está ficando cada vez mais doente, e isso não é apenas um problema para os doentes crônicos, mas um desastre que afetará todos nós, uma vez que as pessoas com doenças crônicas são responsáveis por mais de 70% dos gastos com saúde pública (SUS).
A doença crônica está consumindo a verba para saúde pública e chegará o dia em que o número de pessoas doentes superará o de pessoas saudáveis. Podemos citar como doenças crônicas: diabetes, hipertensão, colesterol ruim alto, obesidade, câncer, distúrbios psíquicos gerados pelo estresse, entre outras.
Nosso maior problema é que ao invés de nos prevenirmos, como fazemos contra gripes e resfriados, infecções e até mesmo DSTs, simplesmente negligenciamos o nosso dia a dia, nossa rotina, e só nos importamos quando começamos a gastar milhares de reais em consultas médicas e medicamentos ou quando nos tornamos ineficazes em atividades do dia a dia.
Felizmente, a doença crônica é um problema com uma solução relativamente simples, com a implantação de algumas mudanças no nosso dia a dia, como uma boa alimentação, atividade para relaxamento e desenvolvimento físico, evitar o tabagismo, moderar nas bebidas alcoólicas e acima de tudo olhar para nós mesmos. Com essas mudanças conseguimos evitar esse grande mal do século e nos proteger dele.
E você, está mais próximo de desenvolver alguma dessas doenças crônicas ou está se prevenindo contra elas?
Qual é a sua meta para a velhice?
Você vai escolher entre remédios, consultas, inatividade ou quer ter disposição e saúde para fazer o que quiser, como brincar diariamente com seus bisnetos ou se divertir com seus amigos?
Maria Clara Saueia Arakaki/Revisão Adriana Bairrada
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